segunda-feira, agosto 28, 2006

Problemas Filosóficos

PROBLEMAS FILOSÓFICOS

1) Acontecimentos mentais são idênticos a acontecimentos físicos complexos?
2) Existe realmente fraqueza de vontade ou força de vontade?
3) Como posso compreender a diferença entre o que acontece em mim ou a mim?
4) Como posso reconciliar o requisito universal do tratamento imparcial de todos com o sentimento de amizade por alguém?
5) No argumento cosmológico existe o ser necessário, todavia não pode este ser um ente sobre o qual se possa levantar o mesmo tipo de pergunta: de onde deriva este ser?
6) No argumento do desígnio existe um arquiteto dos arquitetos, todavia se considerarmos natural que um arquiteto por si por que então o universo não pode existir por si?
7) Uma reação, como por exemplo a avaliação de algo como bom ou como mau, pode ser classificada mais corretamente como expressão de uma atitude ou de uma crença?
8) No argumento da primeira causa existe um ser que é a primeira causa, porém isto não contradiz a premissa de que todos os acontecimentos têm uma causa que os antecede?
9) Como pode caracterizar o estado atual do mundo sem fazer referência à possibilidades alternativas, como: outros mundos possíveis?
10) O engano normal exige um agente que saiba a verdade e que a esconda de outro agente, logo, pode haver auto-engano?
11) Como distinguir a compulsão de outras formas de pressão às quais de fato não se resistiu, mas a que, num certo sentido, se poderia ter resistido?
12) É possível existir consciência incorpórea?
13) Quais os tipos de fatos justificam a emergência da autoridade de jure, isto é, de direito?
14) O conceito de dever, não é confrontado, se os deveres precisam ser especificados?
15) Preocupamo-nos com o que é bom, ou nos limitamos a chamar de boas aquelas coisas com que nos preocupamos?
16) As coisas piedosas são piedosas por que os santos as amam ou os santos as amam por que são piedosas?
17) Nas verdades necessárias, essas verdades são necessárias por que decidimos que elas o são, ou decidimos que elas o são por que são necessárias?
18) Como explicar, ou invalidar através do empirismo, o conhecimento que aparentemente não tem qualquer base na experiência, isto é , o conhecimento matemático lógico ou outros conhecimentos a priori?
19) Como pode o empirismo defender o ponto de vista de que a observação é, em si mesma, isenta de elementos não-empíricos?
20) O espaço é real ou é um tipo de construção mental, um artefato próprio do nosso tipo de percepção e pensamento?
21) O espaço é “substantivo” ou puramente “relacional”?
22) É possível saber se as medidas espaciais e temporais são objetivas, ou se nelas está presente algum elemento convencional?
23) Qual a diferença entre o luxo que o mundo condena e a prosperidade que o mundo admira?
24) Na estética por que certos sons podem ser tristes ou alegres?
25) Por que, na estética, determinadas linhas ou cores numa pintura podem ser enérgicas ou graciosas?
26) O mundo que a mecânica quântica nos revela é apenas estranho, ou é tão ininteligível que é preferível ver a teoria com um espírito unicamente instrumentalista?
27) Como resolver o conflito teórico profundo da dualidade aparentemente incompatível entre as ondas e as partículas na mecânica quântica?
28) A mente é distinta da matéria?
29) Podemos tratar uma pessoa como um simples meio se esta quiser ser assim tratada, correspondendo assim à sua vontade?
30) Numa guerra justa (defesa, independência) pode-se ampliar o conceito de legítima defesa de forma a incluir não apenas contra ataques reais, mas também contra ameaças ou ameaças que se suspeita, virem ser feitas?
31) Numa guerra justa (legítima defesa) é admissível fazer ataques-surpresa?
32) Podemos saber o que faz a identidade do indivíduo num instante de tempo, ou ao longo do tempo?
33) Na filosofia da linguagem, podemos saber se as propriedades das palavras individuais são anteriores às propriedades de entidades lingüísticas mais latas, como acontece com as frases e as coleções de crenças ou teorias, ou se, pelo contrário, derivam delas?
34) Pela filosofia da mente e da linguagem como saber o que distingui uma crença verdadeira de algo que se aceita com um espírito puramente instrumentalista?
35) Pela intencionalidade como compreender em que consiste a relação que se verifica entre um estado mental, ou sua expressão, e as coisas acerca das quais esse estado mental se constitui como tal?
36) Como sei o que penso até ouvir o que digo?
37) Por que não podemos fazer cócegas em nós mesmos?
38) Como esclarecer a necessidade do realismo acerca das leis da natureza, já que ela transcende aparentemente a experiência?
39) Pode-se ter superveniência sem conexões legiformes?
40) Como reconciliar a consciência cotidiana de nós mesmos como agentes (livre-arbítrio), com a melhor teoria que a ciência oferece sobre nós?
41) Há teorias éticas que fundamentam a natureza das exigências éticas no fato de estas representarem mandamentos divinos porém o que fazer em períodos de declínio da fé, quando as pessoas também se tornarem incapazes de dar importância a preocupações morais: “se Deus morreu tudo é permitido”?
42) Como conseguir relacionar o materialismo histórico com o historicismo, isto é, com a idéia de que a história tem um curso determinado e inevitável e que os movimentos e objetivos que não estão de acordo com esse curso já são previamente destinados ao fracasso?
43) Quando evoco a memória de um acontecimento, como consigo interpretá-la como representação do passado e não como um mero exercício da imaginação?
44) Quão metafórica é uma expressão?
45) Para Russel, a Terra poderia ter desaparecido há cinco minutos, com uma população que se “lembra” de um passado completamente irreal. Todavia como explicar que sabe-se que não foi que de fato aconteceu?
46) Em que medida as disciplinas como economia são idiográficas (história, mapas) ou nomotéticas (formulação de leis gerais)?
47) Existe a possibilidade de apresentar descrições esclarecedoras, ou úteis, dos fenômenos sociais que não expressem os valores do autor? Caso não haja possibilidade, então pode haver objetividade das ciências sociais?
48) Habitualmente, onde acaba a montanha e começa o vale é algo indefinido. Será então a montanha um objeto vago, ou serão todos os objetos precisos em si mesmos, sendo sua vagueza um artefato que resulta da forma como os escolhemos?
49) Como conciliar a idéia ortodoxa de que Deus conhece tudo com ausência de uma predeterminação ou, em outras palavras, com a idéia de que enquanto o passado está estabelecido, o futuro de algum modo permanece “em aberto”?
50) Posso chegar a conclusão de que se Deus já sabe o que vai acontecer amanhã, então a responsabilidade e o livre-arbítrio humanos só podem ser ilusórios?
51) Existe uma lógica para a ciência, ou uma teoria da confirmação como uma autoridade inquestionável, se nunca se encontrou tal estrutura e ainda menos uma base para sua autoridade?
52) Uma pessoa perdoada, é tratada de forma melhor do que ela merece; mas como pode exigir-se, ou permitir-se, tratar alguém de maneira que não merece?
53) Disse Wittgenstein ao encerrar seu Tractatus: “Deve-se calar sobre aquilo que não é capaz de falar”. Não feriu, porém, Wittgenstein esta regra ao enunciá-la?

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