sábado, maio 10, 2008

CRISTO TOTAL

A boa terra é a salvação a conquistar – Dt 8.7,9
O manancial são altas experiências com Deus.
A Palestina, situada a 1.200 m acima do nível do mar representa a vida subindo, isto é, assentar-se nos lugares celestiais – Ef 2.6.
Há aqueles que têm uma experiência com Cristo na sua totalidade e outros com Cristo na sua superficialidade.
Cristo é a realidade de tudo: comida – Jo 6.48-51; água – Jo 4.14; luz – Jo 8.12; habitação – Jo 14. Este é o Cristo Total.
A medida da experiência em Cristo está: no Cordeiro – no Egito (salvação); no Maná – no deserto (vida cristã); na Terra – Canaã (vida e batalha espiritual – o Céu). É ter Cristo em abundância.
Josué figura a terra prometida e a sua conquista, através do Capitão que é Cristo;
Efésios nos mostra o reino espiritual e a conquista através de batalhas espirituais vencidas através do nosso General e Senhor Jesus.
Cidade e Templo são os resultados de desfrutar a terra.
Cidade representa o centro da autoridade de Deus. Canaã, Jerusalém, Milênio, Céu – Novos Céus e Nova Terra.
O Templo é o centro religioso desta teocracia, é a presença de Deus.
A Canaã de Deus é representada pelo mel e o leite (lugar que mana leite e mel), fonte de proteínas, que são frutos de dois reinos: vegetal e animal. O Reino Animal nos fala da expiação e redenção. O Reino Vegetal nos fala de geração de vida.
Cristo como leite e mel redime vidas e gera vidas.
O Reino Mineral representa a autoridade e a proteção de Cristo. Da terra vêm as pedras, o ferro, o bronze, o cobre etc. Tudo fornece as armas para a batalha e para segurança. As pedras para edificação da fortaleza e da cidade.
A terra é Cristo que nos fornece a armadura espiritual: Ef 6.10-18.
Cristo no seu estado de humilhação é representado pelo trigo que expressa nascimento, vida, limitação e morte – Jo 12.24.
O ribeiro representa a Palavra, o Evangelho jorrando para todos os povos.
A cevada representa Jesus ressuscitado, multiplicação, poder restaurado – Jo 6.9.
A vides - vinho mostra Jesus como alegria, força, último e novo vinho – Ne 8.10.
A figueira representa Jesus como nossa satisfação (sobremesa) nossa descanso mais doce.
A romeira representa a beleza de Cristo, o Espírito de Cristo – Zc 4.6; Gl 5.22; Jo 4.23; o Amor e a Mansidão em Cristo.
A Cristologia tem como fundamento a terra, a água, o trigo, a cevada, a videira, a figueira, a romã, a oliveira, o leite e o mel.
O conhecimento em Cristo envolve teoria – gr. oida e experiência - gr. gnosco.
Jesus, o cordeiro, juntamente com as ervas amargas representa a experiência passageira do sofrimento e do sacrifício – Ex 12; 1 Co 5.17.
Jesus como maná é a nossa suficiência diária, suprimento para entrar na terra – Êx 16.3; Nm 11.7-9.
Jesus como a Arca da Aliança é a manifestação e a expressão de Deus Êx 25.10-22; A madeira é o símbolo da humanidade de Cristo e o ouro da divindade de Cristo, por isso a Arca era composta de madeira e ouro.
O Tabernáculo é a expansão da manifestação da Arca, isto é, de Cristo – Êx 26.1-26
O Véu, cobertura, era composto respectivamente: peles de animais marinhos/texugos – Cristo abrigo dos intempéries do tempo – da vida; pele de carneiro – Jesus na cruz (Expiação); pele de cabra - “fede” Jesus assume o meu pecado – Hb 1.13; linho – a justiça e a beleza de Jesus.
Ofertas - Levítico 1 – 7; Jesus oferta de holocausto é o sacrifício expiatório, por nossas faltas diante de Deus; Jesus oferta de manjares é o sacrifício satisfatório, a satisfação pelos nossos pecados; Jesus oferta pacífica ele é o sacrifício que nos trouxe a paz; Jesus oferta pelo pecado é o sacrifício de sangue que nos purifica de todos os pecados e Jesus oferta pela transgressão é o sacrifício por nossas faltas diante dos homens.


O Tabernáculo e o Homem

Corpo
Átrio
Santo
Alma
Espírito
Santíssimo
Mente Coração
No Átrio que representa o corpo está a pia de cobre que simboliza o batismo no nome de Jesus e o altar do holocausto (a entrada do lugar santo) onde se realiza o sacrifício, uma vida de renuncia e sacrifício, negar a si mesmo para seguir Jesus. No lugar Santo que representa a alma está a mesa da proposição (dos pães) que representa a Palavra de Cristo, o Evangelho como nosso sustento espiritual, o candelabro de ouro, a luz que representa o Espírito Santo em nossa vida e o altar do incenso símbolo de nossa vida de oração. No lugar Santíssimo que é o espírito está a arca que representa a manifestação de Cristo em nossa vida, onde somos cheios da Glória do Senhor.

DERRUBANDO OS CONFLITOS DA ALMA

Lição 3
O Orgulho

Texto Principal
2Reis 5.1-14

Introdução
O orgulho nos é prejudicial. A soberba produz barreiras em nossas vidas impedindo as bênçãos de Deus. A palavra humildade vem de terra – humos – e esta ligada a simplicidade e obediência.
1. As Proporções do Orgulho
Ter orgulho de algo que lutamos e alcançamos é natural. Uma vaga na universidade, no trabalho, no concurso, uma promoção, sucesso profissional. Tudo isso é o resultado de nossas conquistas pessoais.
Quando o orgulho é egoísta e é sinônimo de ostentação, arrogância e soberba; Deus considera-no pecaminoso.
1.1 O Complexo de Inferioridade
Jesus disse “amarás o teu próximo como a ti mesmo” Mt 22.3 Vamos nos deter no a ti mesmo. Se eu não me valorizo como posso valorizar o outro. Não digo aqui aquele que se considera pequeno, fraco diante de Deus numa atitude de humilhação. Mas, daquele que se considera derrotado diante das situações, daquele que se acha sem valor para Deus e para os homens. “Não somos o que deveríamos ser; não somos o que queríamos ser; não somos o que iremos ser; mas, graças a Deus, não somos o que éramos” Martin Luther King. Somos filhos de Deus – Jo 1.12; templos do Espírito Santo – 1Co 6.19; co-herdeiros com Cristo – Gl 4.7, Rm 8.17; povo de propriedade exclusiva de Deus – 1Pd 2.9.
1.2 O Orgulho na Bíblia
Satanás foi um querubim ungido, paradigma de beleza e sabedoria – Ez 28.11-15; Até que resolveu abandonar os limites morais, psicológicos e espirituais de Deus, dizendo “subirei acima das alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo levado serás ao Sheol, ao mais profundo do abismo”. Is 14.12-16. Esquecendo-se daquele que lhe deu os dons louvou-se a si mesmo. Antes deveria dizer: “sou pobre e necessitado”(Sl 40.17) nunca deixarei de louvar o Senhor nosso Deus. Por causa do seu orgulho como um raio foi lançado do céu (Lc 10.18). “Deus resiste aos soberbos” (Tg 4.8). Aquele se gloria se glorie no Senhor (2Co 10.17,18) “mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que eu sou o Senhor” Jr 9.23,24
2. Tentações ao Orgulho
Capacidade intelectual e física, posição de poder e riqueza. “Ter preeminência e não ser soberbo é atitude tão rara, que nem o primeiro anjo o teve no céu, nem o primeiro homem no paraíso” Antônio Vieira. Hoje estamos num mundo globalizado, onde não há uma verdade universal (única versão) mas verdades globais, isto é, uma relativização da verdade. A verdade só é verdade se for útil para aquele indivíduo ou sociedade; a verdade é pragmática. O consumismo exagerado e a valorização do estético. O belo está ligado a soberba. O hedonismo (do grego hedoné – prazer) que é a busca do prazer individual e imediato é o supremo bem da vida. Há uma celebração do irônico, do efêmero e do irrelevante. A Internet define a realidade não só a retrata. Há uma mistura de ficção com os fatos. A suspeita e até o descrédito no real progresso da sociedade e na expansão da ciência fez o homem se refugiar no ocultismo e no irracionalismo ou no ceticismo e no niilismo. Tudo leva o homem a cada vez se achar mais dono de si, a dizer que não precisa de Deus, que é auto-suficiente. Esta soberba é uma demonstração real e visível do engodo do mundo e da sua inimizade contra Deus (1Jo 2.15; Tg 4.4).
Tudo isso é a soberba utópica de ser igual a Deus, como na torre de babel ( Gn 11.4) Surge também o falso profeta orgulhoso que agrada todo mundo mas não agrada a Deus. Em sua autodivinização prega a paz, e risca do seu vocabulário a palavra pecado. Tudo é permitido e mesmo assim sereis prósperos – esse é o seu querigma, O mundo, que deseja o que já foi relatado acima, é o seu alvo mesmo que latente ao observador descuidado, acrítico e alienado sujeito e subjugado por uma “espiritualidade” exibicionista (Is 65.5). São discípulos de Balaão, movidos pelo orgulho e pela ganância, são pastores de si mesmos (Jd 11-13; Ez 34.8: 1Tm 4.1-3; 2Tm 3.1). Sobre estes Deus exercerá o seu juízo (Jd 14-16).

Conclusão
A sociedade foi contagiada pela soberba satânica (Gn 11.4,5). Muitos líderes e mestres estão contagiados pelo orgulho e rejeitando os princípios da Palavra de Deus (2Co 11.13-15; 2Pe 2.1-3). Deus não é um Deus que apenas exerce a sua providência sobre a vida e sobre os bens dos que o buscam, ele é um Deus que lhes faz sentir interiormente as suas misérias e enche-lhes de humildade. Só Jesus é a via única para reparar as nossas misérias. Aos soberbos Deus abate. “Como é belo ver, pelos olhos da fé, Dario e Ciro, Alexandre, os romanos, Pompeu e Herodes, agirem, sem o saber, pela glória do Evangelho!” Pascal; Sem humildade não há conhecimento de Deus. A humildade de Davi é vista na maior declaração teológica já escrita, no Salmo 23. “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.” Aprendemos que Naamã para ser curado de sua lepra teve seu orgulho ferido: seu poder, seu dinheiro, sua posição social não podiam curá-lo nem influenciar quem quer que fosse para curá-lo. Ao se colocar diante de Deus como pobre de espírito (Mt 5.3), necessitado de Deus e se despojar de toda pompa e riqueza, Deus o abençoou. Quando o orgulho foi dissipado o milagre aconteceu. Assim se fará em nossas vidas quando largarmos todo orgulho e com um coração quebrantado e contrito nos aproximarmos de Deus.