terça-feira, agosto 15, 2006

Kierkegaard

KIERKEGAARD

Somos mais do que filhos de nosso tempo. Cada um de nós também é um individuo único, que só vive esta única vez.

Se Jesus Cristo realmente levantou dos mortos, isto seria algo tão avassalador que teria necessariamente de marcar toda a nossa vida.

Não é possível ser um pouco cristão, ou então, cristão ate certo ponto.

As verdades objetivas são totalmente irrelevantes para a existência do homem enquanto individuo.

O importante é encontrar a minha verdade, a verdade de cada um.

O homem não experimenta sua existência atrás de uma escrivaninha. Somente quando agimos, e sobretudo quando fazemos uma escolha, é que nos relacionamos com nossa própria existência.

A verdade está sempre na minoria.

A maioria das pessoas se relaciona de forma extremamente inconseqüente com a vida.

Há três estágios diferentes de existência: estagio estético, estagio ético e estagio religioso.

O pecado nos individualiza radicalmente. (marca, distingue).


O humor é um estado de dialético, divino-humano. O humor reflete a pequenez humana.

Uma das definições capitais do cristianismo é que o contrario do pecado não é virtude mas sim, a fé.

O único que conhece a doença mortal é o cristão. Porque o cristianismo lhe dá uma coragem ignorada pelo homem natural.

Nada é doença mortal aos olhos do cristão.

O desespero que se perde no infinito é portanto imaginário, informe. Porque o eu não tem saúde e não está livre de desespero, senão quando, tendo desesperado transparente a si mesmo, projeta-se para Deus.

Mas não será a formula mais apropriada para se perder a razão? Perdê-la para ganhar Deus, é o próprio ato de crer.

O crente tem no possível o eterno e seguro antídoto do desespero. Porque Deus pode a todo instante. É esse o combustível da fé, que resolve contradições.

É o que se exprime dizendo que o pecado é uma posição, e o que tem de positivo é exatamente o estar frente a Deus.

Crer é como amar.

Só em Cristo é verdade que Deus é a medida do homem, a sua medida e o seu fim.

Essa extravagância acústica do mundo espiritual, o bizarro das leis que regulam as distancias! É desde a maior distancia de Deus que o homem lhe pode fazer ouvir este: Não! O homem nunca é tão familiar com Deus como quando está longe dele, familiaridade que só pode nascer do próprio afastamento! Na vizinhança de Deus não se pode ser familiar, e a sê-lo, é sinal de que está longe. Essa é a impotência do homem em face de Deus.

Deus não se contenta com um resumo, ele compreende a própria realidade, todo o particular ou o individual. O individuo não é inferior ao conceito, para ele.

Sem comentários: