terça-feira, agosto 22, 2006

Kant

KANT

Há duas realidades fenômeno e númeno.

Fenômeno é aquilo que se apresenta ao sujeito do conhecimento na experiência.

Númeno é aquilo que se apresenta ao sujeito do conhecimento na experiência.

Númeno é aquilo que não é dado à sensibilidade nem ao entendimento mas é afirmado pela razão sem base na experiência e no entendimento.

O fenômeno é a coisa para nós ou o objeto do conhecimento, o númeno é a coisa em si ou o objeto da metafísica, isto é, o que é dado para um pensamento puro, sem relação com a experiência.

Quando ouço que uma mente incomum demonstrou que a liberdade da vontade humana, a esperança por uma vida futura e Deus não existem, estou ávido para ler o seu livro, pois espero que o seu talento seja capaz de me fazer progredir em meus conhecimentos. Já de antemão tenho certeza de que não fui bem sucedido na resolução de nenhuma destas questões não porque já acredito de estar de posse de provas irrefutáveis destas importantes proposições, mas sim porque a critica transcendental, que me revelou todos os recursos de nossa razão pura, me convenceu integralmente de que do mesmo modo que a razão é totalmente inepta para chegar a asserções afirmativas neste campo tampouco e menos ainda é capaz de saber o suficiente para poder concluir negativamente à respeito destas perguntas.

A realidade que conhecemos é a realidade tal como é estruturada por nossa razão.

Um juízo é analítico quando o predicado ou os predicados do enunciado nada mais são do que a explicitação do conteúdo do sujeito do enunciado.

Quando entre o sujeito e o predicado se estabelece uma relação na qual o predicado me dá informações novas sobre o sujeito, o juízo é sintético, isto é, formula uma síntese entre um predicado e um sujeito.

Os juízos sintéticos a priori são juízos sintéticos cuja síntese depende da estrutura universal e necessária de nossa razão e não da variabilidade individual de nossas experiências.


Não se aprende filosofia, mas a filosofar.

A estrutura da razão é a prioridade, vem antes da experiência e não depende dela.

A matéria do conhecimento, por ser fornecida pela experiência, vem depois desta e por isso é a posteriori.

A experiência fornece a matéria (os conteúdos) do conhecimento para a razão e esta, por sua vez, fornece a forma (universal e necessária) do entendimento.


I- Práxis em Kant
Pensamento significativo (eticamente significativo) ou razão prática.

Reflexão sobre o que deve ser e não sobre o que é.

É a prática acima da teoria.

II – Imperativo Categórico
O imperativo categórico exige algo que se aplica a todas as pessoas, sejam quais forem suas inclinações.

III- Crítica da Razão Prática
Em relação com a compreensibilidade de um objeto a nós proposto (do sumo bem) pela lei moral, por conseguinte, de uma exigência em sentido prático, pode chamar-se fé e fé racional pura, porque a razão pura (tanto considerada segundo o uso teórico como prático) é a única fonte donde esta fé emana.

A lei moral, mediante o conceito do sumo bem, como objeto e fim último da razão pura prática, conduz à religião, isto é, ao conhecimento de todos os deveres como mandamentos divinos, não como sanções, ou seja ordens arbitrárias e por si mesmas contingentes de uma vontade estranha, mas sim como leis essenciais de uma vontade livre por si mesma, as quais, não obstante a isso, devem ser consideradas como mandamentos do ser supremo.

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