quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Derrubando Os Conflitos da Alma

Lição 2
Autoridade Espiritual Sobre o Medo

Texto Principal
Mt 14.22-31

Introdução
“Dos erros que cometemos, um consiste em ter medo do que não deveríamos, outro ter medo como não deveríamos, ou quando não deveríamos” Aristóteles. O medo é algo natural, uma reação natural. A criança tem medo do escuro, de trovões, e até mesmo adultos têm medo de insetos. Porém, quando atinge toda a personalidade do indivíduo leva-o a um comportamento anormal. Este medo descontrolado “faz-nos muitas vezes tomar uma árvore por um urso” Shakespeare. Gigantes por maiores que o poder de Deus. Nm 13.33; 14.1; 1Sm 17.24.

1. O Medo e Suas Causas
Como mecanismo de defesa o medo é normal e saudável. Evitar animais ferozes, lugares perigosos, pessoas violentas, atitudes que tentam a Deus. O medo pode nos fazer buscar a Deus: Josafá 2Cr 20.3. No entanto, a presença do medo injustificado, sem a confiança em Deus, impede freqüentemente certas pessoas a agirem na vida espiritual e de realizar a obra de Deus. Nesse momento a pessoa é tomada por um medo que muitas vezes sabe que é absurdo, diante de um Deus que faz maravilhas, mas não consegue se livrar desse medo. Assim homens intrépidos como Elias fogem da ameaça 1Rs 19.1-4, como Pedro negam a Jesus Mt 26.69-75, os discípulos fogem Mt 26.56, autoridades que crêem em Jesus não o confessam Jo 12.42, o Pedro cheio de unção teme os da circuncisão Gl 2.12, o jovem rico teme perder toda a sua fortuna, Lc 18.18-23. O medo excessivo não aceita desafios, por isso, o homem medroso enterra o seu talento, tem medo de ser rejeitado, de errar, do futuro. Até mesmo medo da morte. “O desespero que se perde no infinito é, portanto, imaginário, informe. Porque o eu não tem saúde e não está livre de desespero, senão quando, tendo desesperado, transparente a si mesmo, projeta-se até Deus.” Kierkegaard. “Assim como as crianças tremem e têm medo de tudo na escuridão cega, também nós, à claridade da luz, às vezes tememos o que não deveria inspirar mais temor do que as coisas que aterrorizam as crianças no escuro”. Lucrécio
1.1. O Medo e a Ira
“Do negro ventre do medo, geraram-se as rubras faces da ira.” Mira y Lopes. Muitas vezes o fanatismo religioso, racial ou ideológico é uma enfermidade do medo. O medo de perder o status, o poder, as riquezas. O rei Saul quando viu que o povo amava mais a Davi, intentou matá-lo, 1Sm 18.6-9. O rei Herodes com medo de Jesus matou as criancinhas Mt 2.16, os fariseus planejaram a sua morte Mt 12.14. A Bíblia nos relata que Jesus pregava com autoridade e era diferente dos escribas, Mt 7.28,29. Quem usa da força para liderar, isto é, coage alguém para fazer a sua vontade sempre terá medo, porém quem tem autoridade leva as pessoas a fazerem o que ensina e a respeitá-lo de boa vontade. Autoridade não se vende e não se compra se conquista com sangue, mais precioso que ouro e prata. Ver 1Pe 1.18,19

2. O Medo e a Autoridade Espiritual
Deus deu aos seus servos, autoridade sobre o medo. Autoridade Espiritual. O Diabo a todo custo tentará impor o medo, por meio da opressão: tentando e perseguindo. Desejará cirandar como trigo “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;” Lc 22.31. A seu serviço existem principados, governadores das trevas deste século e hostes espirituais da maldade nas regiões celestiais, Ef 6.12. ‘O único que pode interferir em sua vida é Cristo, e não o diabo. Porém, se você proclamar derrota ela acontecerá. Daí a importância de rompermos os pactos, com voz bem audível.’ Ver Rm 10.9,10. O que é poderoso para destruir fortalezas? “Pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo;” 2Co 10.4-5. Numa Batalha Espiritual há bênçãos, onde menos esperamos: A prisão de José: levou-o ao governo – Gn 45.1-8; As perdas de Jó: terminaram em bençãos dobradas – Jó 42.10-17; O espinho da carne de Paulo: abundou a graça de Deus – 2Co 12.7-9. O que não devemos fazer? Entristecer o Espírito de Deus. Ef 4.30-32. Não podemos negligenciar o poder de Deus, a atuação do Espírito Santo, por causa do medo, tal atitude de conter ou reprimir a atuação de Deus é um erro gravíssimo. Pois reprimir a vontade de Deus não é um erro leve; mas quando o homem e a mulher de Deus proclamam o Reino de Deus no mundo: O inferno se abala. Mt 12.28,29; Mc 1.23,24; Jo 18.36; Destrói-se o domínio de Satanás. João 12.31; 16.11; Há libertação. At 26.18; Mc 3.14,15; Rm 6; Há cura divina. At 4.30; 8.7; Salvação e santificação. Jo 3.3; 17.17; At 2.38-40; 2Co 6.14-18 e Batismo no Espírito Santo com poder para testemunhar. At 1.8; 2.4 “Combater o farisaísmo, desmascarar a impostura, prostrar as tiranias, as usurpações, os preconceitos, as mentiras, as superstições, demolir o templo, mas reconstruí-lo, quer dizer, substituir o falso pelo o verdadeiro, agarrar um chicote e pôr fora os vendilhões do templo, proclamar liberdade aos cativos e o Reino de Deus, esta é a guerra de Cristo.” Victor Hugo
‘O Senhor é homem de guerra; YAHWÉH é o seu nome’. Ex 15.3

3. O Temor do Senhor
‘O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?’ Sl 27.1 “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; e o conhecimento do Santo é o entendimento.” Pv 9.10; temor de respeito e temor de amor. È o dever de todo homem, Ec 12.13





Conclusão


Se o nosso coração nos condena, certamente Deus é maior, 1João 3.20; e os nossos medos foram substituídos pelo perfeito amor, 1João 4.18; este amor nos constrange (2Co 5.14) e nele estamos na graça e pela graça (Ef 6.24). Deus pode a todo instante. É esse o combustível da fé, que resolve contradições e elimina os nossos medos. “E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” Rm 8.28 “Poderíamos dizer que o próprio Deus não pode escolher o que não é bom, e que a liberdade deste SER todo-poderoso não o impede de ser determinado por aquilo que é o melhor.” Leibniz. “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,” Ef 3.20
O medo traz desespero e ansiedade. Deus traz paz e cuidado. “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” 1Pe 5.7
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” Jo 14.27.
“No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor.” 1Jo 4.18

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