quinta-feira, julho 20, 2006

A Palavra

A linguagem é uma entidade histórica - dinâmica e multipla em sua formação, herdada e complexa. Resultado de um longo desenvolvimento poético, gramatical, filosófico e religioso de vários povos.
O que nos disse Hegel? Que a Razão não está na história, não é uma parte da história; ela é a história. Ela á o desenvolvimento do eu subjetivo e do mundo objetivo. Cada momento teve sua razão e o seu modo de pensar. Não podemos querer interpretar um texto, penetrar em seu contexto se não compreedemos hermenêuticamente sua época, seu povo, sua geografia, seu objetivo. Também é significativo de quem interpreta: sua cultura, seus ideais, sua politica e sua instrução.
Muitos "teólogos" despreparados interpretam textos sem o menor preparo e se acham donos da verdade. A palavra habita as coisas, ela é viva. O apostolo Paulo vai dizer " a letra mata e o espírito vivifica". Há um descuido muito grande com o espírito, que considero o dinamismo da palavra e sua popularização, isto é, seu significado mais próximo do povo. Sem ditar siginificados, deixar a palavra aberta em si mesma e sua idéia mais próxima da realidade. Uma fenomenologia da palavra ou a palavra como ser aí no mundo. Sem ser por demais pragmático, todavia, ensinar uma palavra que transforma, que realiza, que edifica e sempre otimista e real, com os pés no chão, sem uma mensagem utópica com fins irrealizáveis.
Quem ensinará esta palavra? Você professor, você que ensina. Ensine o otimismo, ensine a vida e a palavra vivificante. A palavra que faz do seu ouvinte um participante, um pensador, nunca um fundametalista ou ser "de ouvidos tão grandes e desproporcionais que chega a cair". Ouve tudo, procura por tudo mas não sabe nada. Ajude os seus alunos a serem falantes e extrovertidos no falar e que saibam falar e debater com senso crítico. O religioso ou educador que não faz os outros pensarem e até criticá-lo não é capaz de ensinar ou liderar.

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